7 de setembro de 2010

EAV 2010.1 > Primeiras "pistas"...

A partir das primeiras observações sobre os trabalhos, busquei delimitar mais o projeto atual de investigação. Hoje estou refletindo como as artes visuais podem explorar as relações entre a identidade de gênero e o corpo na sociedade contemporânea, onde os sujeitos transpõem fronteiras de gênero e inauguram novas masculinidades e feminilidades, subordinadas àquelas hegemônicas.

O processo criativo vem direcionando a investigação para como as práticas corporais ancoram novos sentidos associados a essas identidades numa sociedade patriarcal, onde o esporte têm sido, paradoxalmente, uma instituição que ancora sentidos de uma masculinidade hegemônica e sinaliza a existência de outras masculinidades subordinadas. Ou seja: explorar como práticas corporais, interpretadas como instituições que reproduzem valores sociais circulantes, ancoram características dessa masculinidade “plural” e em (des)construção.

"Releitura de Alair I" 2010
(Técnica mista 23 x 31cm)
O início do projeto partiu de fotografias de Eadweard Muybridge [séc. XIX] e Alair Gomes [séc. XX]. O primeiro, inglês, pioneiro por no século XIX, produzir estudos sobre o movimento dos animais e seres humanos, fotografando em sequência, por exemplo, lutadores; enquanto o segundo, artista brasileiro, conhecido pelo vasto material fotográfico sobre o corpo masculino, produzido nas décadas de 1970-80.

"Releitura de Alair II" 2010
(Técnica mista 23 x 31cm)



O processo se iniciou a partir da confecção de desenhos (com impressão de carbono sobre papel, têmpera e fita adesiva) com vistas a explorar as possibilidades de abordagem do tema e posterior produção utilizando outros mediuns.


"Não meça altura antes de cair" 2010
(Técnica mista 23 x 31cm)

"Releitura de Alair III" 2010
(Técnica mista 23 x 31cm)


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