6 de agosto de 2018

Cultura Popular, brinquedo e práticas corporais na coletiva 10 MODERNOS - Casa Museu Roberto Marinho

O Boneco, 1939
óleo s/ tela
José PANCETI
Visitar um dos novos espaços para a Arte no Rio de Janeiro foi uma grande surpresa. A curiosidade de adentrar nos jardins e no casarão colonial da família Marinho logo dá espaço a uma sensação de leveza e respeito pelo cuidado com que transformaram a casa em espaço expositivo, tanto para a Arte Contemporânea, como constatamos em uma sala no nível térreo da casa museu, com obras de Daniel Senise, A. B. Geiger, Zerbini, entre outros dez nomes de artistas contemporâneos; aos jardins projetados por Burle Marx, com lagos de carpas e obras monumentais de Raul Mourão, Maria Martins, Bruno Giorgi, Carlos Vergara, Beth Jobim e até mesmo do próprio Roberto Marinho.


Roda, 1942
óleo s/ tela
MILTON DACOSTA
Ainda no térreo, temos a possibilidade de assistir no cinema original da casa, com duas grandes telas de Genaro de Carvalho, um curta metragem narrado por Pedro Bial, com cenas do solar que inspirou a construção da casa e como esta foi construída e recebeu figuras ilustres da música, artes em geral ao longo do séculos XX e XXI. Neste mesmo cinema, há uma programação com documentários sobre Arte Contemporânea, neste momento, Roy Lichtenstein, o museu Centre Pompidou, em Paris, entre outros. 
O Equilibrista, 1949
óleo s/ madeira
GENARO DE CARVALHO









Brodowski, 1942
óleo s/ tela
CANDIDO PORTINARI


O acesso ao andar superior nos brinda com a coletiva "10 modernistas" que apresenta um recorte da coleção de Roberto Marinho, com destaques para a obra de Franz Krajberg, em local privilegiado, no acesso à exposição. Dali, após subirmos as escadas, nos deparamos com salas reservadas a um grupo de pinturas de cada artista, um hábito que Roberto Marinho cultivava: adquirir pinturas do mesmo artista, que retratassem diferentes épocas de sua produção, algo que nossos museus não fazem ainda nos dias de hoje.




Bailarinos, 1924
aquarela, nanquim s/ papel
ISMAEL NERY
No primeiro piso, então, nos deparamos com uma sala com dezenas de pinturas de José Panceti, uma parede com três pinturas de Tarsila, uma sala somente com obras de Candido Portinari (duas obras primas), outra de L. Segal, uma sala com desenhos e pinturas de Ismael Nery, outra com inúmeras pinturas de DiCavalcanti, uma reunião de obras (pinturas e desenhos) de Guignard que nem mesmo em seu museu, em Ouro Preto (MG), temos o privilégio de ver reunidas; uma parede com obras de Milton Dacosta, outra com três importantes pinturas de Djanira, e outra parede com pinturas de Burle Marx, todos ícones da pintura moderna no Brasil, que receberam influências europeias.


No contexto da exposição, destaco nesta postagem algumas obras que tematizaram, entre outros aspectos, as práticas corporais e suas manifestações, como o circo, o brinquedo e a cultura popular. Entretanto, estimulo que conheçam a Casa Museu Roberto Marinho e se deparem com obras primas de alguns desses artistas modernos brasileiros lá depositadas, com destaques para Guignard, Portinari, Tarsila do Amaral e José Panceti.

Serviço: http://www.casarobertomarinho.org.br/
EM EXPOSIÇÃO - Modernos 10: Os destaques do modernismo brasileiro na coleção Roberto Marinho.
28 ABR A 30 SET - Terça-feira a domingo - 12h às 18h