30 de abril de 2017

Fotografia e Artes Plásticas: Histórias e Interações - Parte 1 - Ateliê da Imagem/RJ

Durante o mês de abril e maio de 2017, me inscrevi no curso "Fotografia e Artes Plásticas: Histórias e Interações", ministrado pelo professor e artista Marcos Bonisson, no Ateliê da Imagem, no Rio de Janeiro. A intenção inicial que me levou ao novo espaço, onde ainda não havia feito cursos, foi a presença da fotografia em meu processo criativo com a pintura e o reconhecimento da obra de M. Bonisson em fotografia, a qual aprecio.

Neste post, então, apresento algumas "notas" pessoais que fiz a partir da primeira metade do curso (quatro aulas), quando fizemos algumas leituras e visualizamos imagens apresentadas e discutidas no curso. Ressalto que esta anotações são pessoais e por essa razão, possuem um caráter individual e não de sentido literal sobre o conteúdo do curso, ainda que todas estejam relacionadas ao mesmo.

Aula 1 - 8 de março de 2017

Iniciamos com uma apresentação da fotografia como linguagem semiótica, produtora de signos e significados. Susan Sontag a interpreta, entre outras formas, como uma "narrativa". No final do século XX, a fotografia começa a se legitimar como um meio próprio, com suas técnicas, equipamentos e princípios. Na História da Arte, muitos se apropriaram da fotografia, como por exemplo, os dadaístas, os surrealistas e mais recentemente, a Pop Art.

Na pós-modernidade, se faz necessário questionar os cânones e classificações da História da Arte, ideia difundida por A. Danto em sua obra "Após o Fim da Arte"[1], pois não temos mais como classificar ou nomear os movimentos desta História de forma linear, com fronteiras entre eles. É possível identificarmos uma "hibridização" da História da Arte a partir da década de 50 do século passado, e com mais contundência na década de 1960, quando rupturas ocorrem com movimentos sociais na Europa e nos Estados Unidos, e os meios se diluem: pintura, performance, vídeo, fotografia, escultura, instalação etc. passam a ser campos fluídos, os quais o quadro sinótico da História da Arte não consegue mais nomear. Poderíamos apontar a "Nova Objetividade" [2] como uma ruptura importante a ser mencionada como vanguarda da Arte Brasileira neste momento.

A Arte passa a ser um campo de contemplação estética com as esculturas gregas, p. ex., Vênus de Milo. No Renascimento "italiano" Leonardo da Vinci, Donatello, Rafael Sanzio e Michelangelo trabalhavam para a igreja católica no período denominado teocêntrico. Quando o humano "comum" passa a protagonizar as pinturas sem o sentido religioso, passamos ao período "antropocêntrico". Neste aspecto, até mesmo Caravaggio pintou figuras religiosas com feições mundanas, subvertendo os padrões. Na Holanda, pela influência da comercialização das porcelanas da Cia das Índias, desenvolve-se a pintura da natureza morta - vasos, flores, caças etc. No séc. XIV, Giotto Di Bondone torna-se o "pai" da pintura moderna (Início da História da Arte?). Daí em diante, no século XX, explodem movimentos artísticos após 1950, em comparação aos séculos anteriores. Algumas obras relevantes da época assinaladas foram: "São Francisco doa o seu manto" (Giotto di Bondone, 1303-1310) e "Adoração dos Magos" (Giotto di Bondone, 1303-1310). No século XV, Jan Van Eyck criou o pigmento com óleo de linhaça. Uma pintura relevante deste artista é "O casal Arnolfini" (Jan Van Eyck, 1434). No séc. XVI, Caravaggio apresenta "Narciso na Fonte" e "Judith Degolando Holofernes", criando uma escola de pintura em que se destaca o claro e o escuro e as cores saem do fundo negro. Entre artistas que seguiram sua escola identifica-se a única mulher do período renascentista na Europa: Artemisia Gentileschi.

[1] DANTO, A. C. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. Trad. de Saulo Krieger, Posfácio à edição brasileira de Virgínia H. A. Aita. São Paulo: Odysseus, 2006. 292p.
[2] OITICICA, H. Esquema geral da nova objetividade. In.: FERREIRA, G.; COTRIM, C. Escritos de artistas: anos 60/70. Zahar: Rio de Janeiro, 2006. p. 154-168.

Aula 2 - 15 de março 2017.

O segundo encontro foi marcado pela discussão do texto de Susan Sontag - "Um destino duplo: sobre Artemisisa, de Anna Banti" [1], resenha o romance de Anna Banti, que viveu na época da II Guerra Mundial, sobre Artemisia Gentileschi, artista ilaliana do séc. XVII. Banti escreveu romances sobre história das mulheres com essas enquanto protagonistas e destaca a figura de Arthemisia. Filha do pintor Orazio Gentileschi, Artemisia foi estuprada em 1611 por um colega de seu pai, tendo sido julgada e torturada por denunciar tal violência. Com um pai ausente, viveu em Roma e Florença, passando a integrar a escola de grandes mestres da pintura italiana e européia. Em suas pinturas, tematiza a fúria e vitimização das mulheres - p. ex. em Judith apunhalando Holofernes - na qual destaca o heroísmo feminino com base na violência a qual também sofreu. Passou os últimos vinte anos de vida entre França (Paris) e Inglaterra. Posteriormente, com o falecimento do pai, retornou à cidade de Nápoles. Ocupou um espaço destinado aos homens na História das Mulheres na Arte, rompendo estereótipos femininos, tendo obras relevantes em instituições como o Museu do Prado, em Madrid, Espanha [2].

Link da entrevista com a diretora Nancy Kates, do documentário "Regarding Susan Sontag": Regarding Susan Sontag
Trailer do documentário: http://sontagfilm.org/trailer

Em seguida, passamos à visualização de artistas do séc. XVII ao XIX e fotógrafos nascidos no século XVIII, com fotos produzidas no século XIX. Iniciamos com a obra clássica de Diego Velázquez, "As Meninas", de 1656, denominada primeiramente como "A família de Felipe IV"; Johannes Vermeer (1632-1675) e a analogia de algumas de suas obras que trataram de cenas cotidianas, com a linguagem fotográfica, tal como "A leiteira", exposta no Museu do Louvre; ou "Menina com brinco de pérola"; e a obra pouco conhecida: "A ruela", que apresenta casas de alvenaria, simples, uma rua vazia com mulheres em tarefas domésticas, imersas numa atmosfera de silêncio.
Nosso encontro seguiu com imagens de Nicephore Niépce (1765-1833), com a foto "Janela em Grass" (1826), primeira foto reconhecida, que captou uma visão do alto de uma janela; Louis Daguerre (1787-1851) e sua foto "Boulevard du Temple" (1839), capturando a cidade vazia. O fotógrafo criou o daguerreótipo, com o qual quase todas as fotografias eram realizadas, geralmente no formato 7 x 10cm, como a de Edgar Alan Poe, feita em 1848. William Fox Talbot, que criou o princípio do negativo de papel, imprimindo uma imagem negativa em um papel emulsionado, colando-o em outro papel emulsionado, para chegar ao seu positivo. Vimos sua fotografia "The pencil of nature" (1844). Frederick Archer cria a Ambrotipia.
Do período Romântico, visualizamos imagens do pintor Caspar David Friedrich, "O viajante acima do mar e das nuvens" (1819) e "Mar polar" (1823); Eugène Delacroix (1798-1863), "Dante e Virgílio", exposta no Museu do Louvre; pintor que fez parceria com Eugène Durieu, fotógrafo que produzia calótipos (1853). Visualizamos a obra clássica de Theodore Gericaut, a "Jangada da Medusa" (1819), também exposta no Louvre.
Seguimos com Maxime Du Camp (1822-1894) e suas paisagens da série "Viagem ao Egito" (1849-1859), nas quais fotografou paisagens com a presença da figura humana, dando a noção de escala na fotografia. Neste momento - meados do século XIX - surgem as fotos de cientistas, como "Dr. Guilhaume Duchenne" (1856), que usou a fotografia como suporte para documentação científica. Observamos fotografias de Félix Nadar (1820-1910), que fotografou Paris de um balão e tornou-se pioneiro na fotografia aérea; Etiènne Carjat (1828-1906), que fotografou intelectuais como Rimbaud e Baudelaire, este último, um crítico da fotografia como uma tentativa de captação do real.
Retornamos à pintura, com Ingres e sua obra "Madame Dauphine", exposta no Louvre; Man Ray e a fotografia clássica "Violão de Ingres"; Coubert e a obra "A origem do Mundo" (1866), exposta no Museu D´Orsay, em Paris; o fotógrafo Andre Disdéri (1819-1889) e seu carte-de-visite, que registrou pessoas que se vestiam em seu estúdio e faziam o registro fotográfico em cartões de visitas, que eram reproduzidos. O fotógrafo produziu a imagem clássica dos corpos em caixões (1871), da Comuna de Paris.

[1] SONTAG, S. Ao mesmo tempo: ensaios e discursos. São Paulo: Cia das Letras, 2008, 248p.
[2] BUENDÍA, J. R. et al. El Prado: colleciones de pintura. Madrid: Lunwerg, 2000. 598p.

Aula 3 - 22 de março 2017.

Nossoa terceiro encontro iniciou com a discussão do texto sobre "Fotografia: uma pequena suma", de Susan Sontag [1], ao qual escrevi algumas notas, abaixo:
  • A fotografia seria um "modo de ver" moderno que "molda" aquilo que percebemos, de forma "fragmentada". Nega a "complexidade do real", pois não temos sua experiência direta. - A câmera empurra adiante as fronteiras do real e na modernidade, as imagens tornam algo real. - A fotografia é registro da mudança, "destruição do passado". - A única realidade irrefutável é a aparência que as pessoas têm, captada pela fotografia. - Toda fotografia aspira ser um "fragmento da memória", um "detalhe" selvagem sobre a existência. - A fotografia como "arte" é um processo de notação e reconhecimento, que se difere da fotografia "engajada". - Não existe "foto final", que capte o real.
Este encontro foi organizado em duas partes: a primeira, que abordou a produção de duas artistas que atuam com fotografia em épocas distintas: Daiane ARBUS e Cindy SHERMAN; uma marca das aulas seguintes, quando abordamos a fotografia na História da Arte de forma anacrônica. Na segunda parte da aula, retomamos a narrativa histórica sobre a fotografia na segunda metade do século XIX e início do século XX.

Daiane Arbus trabalhou produzindo uma identidade projetada no outro enquanto Cindy Sherman se apropria de outra identidade, ambas a partir da fotografia. A primeira pelo subúrbio novaiorquino e seus outsiders, encontrados em campos de nudismo, boates, motéis, hospitais que recebiam crianças portadoras da Síndrome de Down, asilos, circo, onde fotografou artistas, prostitutas, transexuais, crianças, nudistas. Foi a primeira artista mulher norte-americana a representar o país na Bienal de Veneza. Arbus buscava a "imagem essencial". Produziu fotos com sua Rolleiflex, sem pensar rigidamente a composição formal ou acadêmica, com seus personagens centralizados, no formato quadrado, 6" x 6", sem rebatedores de luz, o que criava uma sombra pelo uso do flash. Uma de suas fotos icônicas é "As Gêmeas" (1967), que inspirou o diretor Stanley Kubric em sua obra "O Iluminado", estrelada por Jack Nicholson. O conjunto da obra de Arbus "individualizou" Manhatan ao registrar sujeitos sociais singulares, mantidos à margem da comunidade. Teve como uma de suas mentoras e professora, a fotógrafa Lisette Model, que fez obras com jogadores de Montecarlo e se baseou em Nova Iorque. Ambas tiveram infâncias similares na cidade, enquanto judias, ricas e educadas em famílias abastadas de Nova Iorque.

Cindy Sherman apresenta uma composição calculada, com narrativa, estranhamento, no qual cada "still" pode gerar uma narrativa independente e inconclusa, como um trabalho a ser decifrado, com signos e imagens em rotação. Suas fotos eram feitas por Robert Longo e seu pai, enquanto Sherman calculava a luz pela própria necessidade. Utiliza uma luz orgânica, técnica mais difícil. Produz uma imagem proposicional, que pede sua decifração pelo espectador. Em 1995, ganhou a bolsa Macarthur Fellowship, a maior bolsa de arte do mundo, recebendo U$500 mil para uma obra de cinco anos de investigação. Um de seus trabalhos clássicos são os "Untitled Films Stills 1977-1980", no qual apresenta 69 fotos em preto e branco.

Outro nome mencionado na lista das artistas contemporâneas que atuam com fotografia foi Nan GOLDIN e sua obra "Balada da dependência sexual" (1986), publicada e apresentada em Nova Iorque, tornando-se seu trabalho mais importante. Dentre as fotos mais famosas destaca-se "Nan and Brad in Bed" (1983) e "Nan one month after be ing battered" (1984) [2].
  • Indicação de filme sobre a vida de Daiane Arbus: "A Pele". Diretor: Steven Shainberg. Roteiro: Erin Cressida Wilson.
  • Trailer de "A Pele": Trailer "A Pele"
Na segunda parte da aula, retomando a trajetória da fotografia, iniciamos com algumas fotografias de Eadweard Muybridge (1830-1904), como "Cavalo em movimento" (1878) e seu diálogo com Duchamp, "Nu descendo a escada", assim como a obra dos irmãos Lumiére, com a invenção do cinema. Passamos a Étiènne Jules Marey e as fotografias sobre locomoção humana; Alexander Gardner (1821-1882), com sua fotografia de cunho jornalístico e documental, como "O franco atirador rebelde" (1863), uma cena montada; e "O enforcamento dos assassinos de Lincoln". Em seguida, visualizamos fotografias de Thimothy O´Sulivan (1840-1882), como "Batalha de Gettysburgh (1863); Gustave Rejlander (1813-1875), que já apresenta uma fotografia artística, não mais documental, como "Os dois caminhos da vida" (1857), feita inspirada no afresco de Rafael "A escola de Atenas" (1506-1510). O início da fotografia artística traz consigo alguns princípios da pintura nos últimos quatrocentos anos. Observamos imagens de Henry Peach Robinson (1830-1901), como "Fading Away" (1858), onde identificamos os efeitos da pintura na fotografia, em termos de composição, enquadramento, luz, planos etc. Influenciada pela escola de pintura Pré-Rafaelista, que buscava superar a perspectiva e o desenho. Conhecemos a fotografia de Julia Margaret Cameron (1815-1879) e sua fotografia de "Alice Liddel", também retratada por Lewis Carrol, e que atuou em Alice no País das Maravilhas e no País dos Espelhos. No contexto da virada do século XIX para XX, a fotografia artística como obra de arte pode ser reconhecida partir da 1910. Finalizamos nosso terceiro encontro com as imagens de fotografias feitas por Anne Brigman (1869-1950), que recebeu influência do pictorialismo, criando imagens de ninfas, divindades etc.; e de Fred Holland Day (1864-1933), uma fotógrafo e admirador da poesia de John Keats.

[1] SONTAG, S. Ao mesmo tempo: ensaios e discursos. São Paulo: Cia das Letras, 2008, p. 137-140.
[2] COSTA, G. Nan Goldin. New York: Phaidon, 2001.

Aula 4 - 29 de março 2017.

Dando continuidade ao diálogo entre Fotografia e Artes Plásticas, nosso quarto encontro privilegiou um grupo numeroso de fotógrafos, inciando por um grupo menos conhecido, proveniente de países africanos, que se tornaram independentes na década de 1960: Malick Sidibeé (Mali), J. D. 'Okhai Ojeikere (Nigéria), Amboroise Ngaimoko (Angola), Seydou Keïta (Nigeria) e Jean Depara (Angola).
Na sequência, abordamos a obra de Larry Clarck (1943-), um fotógrafo e cineasta com filmes relevantes, como: Kids (1995), Desafios das Ruas (2005) e O Cheiro de Gente (2014); além dos livros Tulsa (1970) e Teenage Lust (1983), no qual apresenta outsiders em cenas de nudez, uso de drogas e prostituição.
Hercules Florense, que fez experimentos de fotografia no Brasil em 1833, em Campinas; Mark Ferrez, que desenvolve uma câmera panorâmica com 110kg, capaz de fazer fotos panorâmicas de 42x110cm das Vistas dos Brasil; Augusto Malta, que fez documentação das reformas urbanísticas do Rio de Janeiro no início do século XX, como a Reforma de Pereira Passos; George Eastman Kodak, que inventou a máquina carregada com 100 fotos e o filme de rolo; Eugène Atget (1857-1927).
Alfred Stieglitz (1864-1946), fotógrafo de origem alemã, um paladino da fotografia como "arte", que começa como pictorialista - pela influência da pintura - e chega ao ponto de apresentar a fotografia como "meio". Observamos sua fotografia "The steerage" (1907), feita em um navio, numa viagem de Nova Iorque a Liverpool, quando fotografa, de cima, os passageiros da terceira classe, entre os quais podemos localizar o "punctun" da fotografia no homem com chapéu panamá. Esta fotografia foi considerada uma divisora de águas na História da fotografia no século XX. Mas tarde, o fotógrafo faz a série "Equivalent" (series, 1928-), na qual fotografa nuvens no céu, atribuindo o conceito de fotografia moderna à obra, questionando que qualquer um pode fazer fotografias de nuvens.
Edward Steichen (1879-1973) iniciou como pictorialista e torna-se um fotógrafo moderno, produzindo fotos de fragmentos: "Rodin e seu Pensador". A evolução do diálogo da fotografia com a Arte faz com que na segunda metade do século XX a pintura passe a "beber" na fotografia, invertendo-se a influência da pintura sobre esse meio, até então. Como exemplo, temos o Surrealismo, o Dadaísmo e a Pop Art.
Jacob Riis (1849-1914) foi um fotógrafo documentalista, que usava o flash de magnésio. Produziu fotos de Ellis Island, em Nova Iorque, Manhatan, onde imigrantes ficavam em quarentena. Possui fotos no MoMA. Editou o livro "How the other half lifes lives" (1890), no qual apresenta o modo de vida insalubre ao que os imigrantes viviam no subúrbio novaiorquino.
Lewis Hine (1874-1940) apresentava uma fotografia engajada, com formação acadêmica, formando-se na Columbia University, Nova Iorque. Foi um documentalista. Produziu uma série de fotografias de crianças trabalhando nas fábricas de Nova Iorque. Tais crianças trabalhavam até 12 horas ao dia, sem remuneração, como condição para os pais trabalharem. Suas fotos estão no livro e sua autoria "Kids at Work: Lewis Hine and the crusade against child labor" (1994) e no "National Child Labor Committee". Também teve sua obra publicada no livro "Men at Work" (1932), onde documentou os operários que construíram o Empire State Building, à época, o prédio mais alto do mundo, símbolo do poderio norte-americano. Suas fotografias inspiraram Chaplin no filme "Tempos Modernos".

Ao final da aula, assistimos ao DVD "Le Rendevouz de la photographie contemporaine", uma coletânea com vários artistas - Duane Michals, Nan Goldin, Sugimoto, Jeff Wall, entre os quais, assistimos o documentário sobre Sophie CALLE, acessando um pouco de seu processo criativo a partir de um trabalho intitulado “Suíte Vénitienne” (1979), quando, como um detetive, segue um homem nas ruas de Paris e vai até Veneza, produzindo um relatório minucioso. Depois pede que a mãe contrate um detetive que a siga na mesma situação, seguindo-a e produzindo seu relatório. Outro trabalho apresentado foi quando a artista passa a frequentar os cabarés de Pigale e trabalha como dançarina, sendo fotografada por pessoas que a artista contrata. Uma terceira investigação da artista foi a que apresenta trabalhos de pessoas cegas - "The Blind" (1986) - no qual perguntava a elas "O que é beleza para vocês?" e enquanto a pessoa a respondia, fazia uma foto. A obra é apresentada com a fotografia da pessoa, o texto sobre sua resposta e uma imagem que traduza o que a pessoa lhe relatou sobre a beleza.


18 de abril de 2017

Catálogo SP Arte 2017

Abaixo, seguem as páginas do catálogo da SP-Arte 2017, com as galerias que têm representado minha produção nos últimos anos: a Galeria Aura, radicada em Porto Alegre e agora com a galeria física inaugurada em São Paulo; assim como o Gabinete de Arte k2o, de Brasília, DF.




3 de abril de 2017

SP-Arte 2017

Divulgo minha primeira participação em parceria com o Gabinete k2o, que passou a me representar em 2017. Com sede em Brasília-DF, a galeria estará participando da SP-Arte, no Pavilhão da Bienal, entre 6-9 de abril, quando cerca de 120 galerias estarão apresentando a produção artística contemporânea atual. Com 22 artistas, o Gabinete k2o estará apresentando algumas de minhas obras recentemente expostas no Rio de Janeiro, na individual "Não-Lugares", com curadoria de Jozias Benedicto.
Abraço. Fabiano Devide.