Convido a todas/os/es a estarem presentes na abertura da coletiva A realidade é quase abstração: viagem pitoresca à periferia, no Centro Cultural dos Correios, RJ, 2024, dia 27 de Novembro, às 15:00h. Participo da coletiva com curadoria de Marcelo Valle e Raimundo Rodrigues, que reúne cerca de 50 artistas contemporâneos que ocuparão uma das galerias do Centro Cultural com obras em diferentes formatos e suportes. Estarei participando com outras três pinturas da série "Nômade" (2024), apresentada pela primeira vez na coletiva "A casa que carrego", também este ano, na Galeria do Túnel, no Parque Glória Maria, RJ.
Texto da curadoria
"A exposição traz um grupo de artistas que não economizam nas tintas, nem nos materiais, extrapolam nas formas, nos fazeres e desfazeres. Pegam emprestado as ferrugens dos portões, a poeira das ruas, o óleo derramado, o carcomido das paredes, os tijolos à mostra, o desequilíbrio equilibrado dos caixotes empilhados, o cheiro do cobre, os ladrilhos quebrados, o brilho fosco dos trilhos, ranhuras,faixas, fachadas, fios e faróis. Tudo renasce ABStratO na matéria que enverga, que grita e berra, resiste e luta, nas mãos de reinventores artistas, periféricos contemporâneos, que fazem arte terna, quase bruta. Arte das coisas que não tem nome, onde nada tem função e tudo pulsa.
A proposta da exposição é apresentar obras de cerca de cinquenta artistas contemporâneos, de diferentes gerações, entre pintores, escultores, grafiteiros, gravadores, cenógrafos e fotógrafos que utilizam diversas linguagens, mas têm em comum um olhar sobre as miudezas e grandezas das coisas do cotidiano, experimentam transformar a matéria bruta, largada e desdenhada em poética visual, onde aquilo que era considerado sem valor, precário ou mesmo "periférico" , torna-se o centro do olhar. Tem como núcleo duro os artistas criadores do coletivo “Imaginário Periférico”, Deneir de Souza, Jorge Duarte, Julio Ferreira Sekiguchi, Raimundo Rodriguez, Roberto Tavares , Ronald Duarte e Mirela Luz que dialogam com outros artistas convidados que, de alguma maneira, compartilham os mesmos sentimentos. Somos todos fazedores de arte, uns mais reservados, outros mais alargados."
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