Este espaço é destinado à divulgação da arte em suas múltiplas linguagens, recortes históricos e temas. De forma paralela, apresento aspectos do trabalho que desenvolvo, no Rio de Janeiro.
22 de novembro de 2024
"A realidade é quase abstração: viagem pitoresca à periferia" - Centro Cultural dos Correios, RJ, 2024.
Exposição "A CASA QUE CARREGO" Parque Glória Maria, RJ
A coletiva "A Casa que carrego", com curadoria de Amanda Leite e Cota Azevedo, ocorreu na Galeria do Túnel, no Parque Glória Maria, no Rio de Janeiro. Participei junto a 38 artistas contemporâneos, que apresentaram obras em diferentes formatos. Na ocasião, apresentei três pinturas da série "Nômade" (2024), conforme texto e fotos abaixo.
A série “Nômade” dialoga com trabalhos realizados pelo artista na série “Locus” (2014-2017), quando os elementos da geometria, do espaço e da arquitetura, se sobrepõem à figuração presente nas séries iniciais: “Janelas” (2011-12) e “Blocos” (2013-14). Mantendo uma mesma paleta de tons frios, em escalas de cinzas e azuis, desde 2011, esta série tem sido produzida em pequenos formatos, no suporte do papel, com uso das técnicas do desenho e pintura guache. Relaciona-se com noções universais de nomadismo, passagem, morada, casa, lugar, tempo e memória. Para tal, explora as lembranças do artista sobre os ambientes das casas em que residiu desde a infância aos tempos atuais. A partir do acionamento do dispositivo da memória afetiva dos lugares, de fotografias e depoimentos familiares, cada obra da série representa uma (re)construção do espaço das moradas que habitou. Na concepção das obras, o que se aproxima de uma “planta-baixa” de cada uma dessas moradas, passa a ser modificada pelo artista, num jogo de hibridizações de espaços e do uso de cores frias, que sinalizam uma geografia de cada lugar, na direção da produção de uma imagem final, apresentada ao/à espectador/a. (Fabiano Devide, 2024).